O apelo ao voto é um apego à foto.
Encostamos ao presidente a cara que nos deixaram -
o que conta é ter os dentes alinhados como as contas dos
partidos e esconder o que falta,
como eles.
O pai natal caiu em desuso, agora há o ministério público,
podemos escrever-lhe todos os dias para alívio e arquivo,
podemos esperá-lo todos os dias na lareira das notícias,
podemos esperá-lo todos os dias na lareira das notícias,
nosso murinho de lamentações.
Somos donos do nosso destino dependendo da herança ou da
vigia.
Tudo está bem quando a casa não tem janelas
e o presidente convida a olhar braço e mão
estendidos para a
cara que nos sobra.
A exigência indignada
dos que ficaram.